segunda-feira, 27 de novembro de 2017

5 COISAS QUE NÃO GOSTO DE OUVIR COMO MÃE

Ah, é um menino? Mas tem cara de menina... tem mesmo cara de menina! - Ou vice-versa. Por acaso dizem-me sempre que o Gonçalo tem cara de menino, mas há dias uma senhora disse que tem cara de menina, depois de ter perguntado se era menina e de eu responder que não, ela ainda voltou a perguntar e insisiu que o rapaz afinal tem cara de miúda! E então? O que quer que eu faça, que lhe mude o nome?

Ele ainda não ri?! - O Gonçalo por norma é simpático, mas tem os seus dias, como todos nós. Se não conhecer a pessoa é normal que não sorria. Mas há dias estávamos no supermercado para comprar charcutaria. Enquanto esperávamos uma senhora meteu conversa... com o Gonçalo. "Ah és muito giro, na na na, na na na..." e ele nada! Até que a senhora sai-se com um: "Ele ainda não ri?" - Ao que respondi com um sorriso: "Ele não a conhece!!!"
A pergunta não tem nada de mal, mas é a forma como é feita, parece que é do género: "Se não sorri para mim é porque não sorri, e se não sorri é porque tem algum problema." 

Isso é agora! - Esta observação surge sempre que refiro que o Gonçalo come bem. É matemático! Mas eu não estou a dizer que ele vai comer bem para todo o sempre, estou apenas a referir-me ao agora, ao presente!

Prepara-te porque ainda vai piorar. - Há sempre um bom samaritano que nos alerta para o perigo que ainda há-de vir. Tudo vai piorar. E é mesmo o que uma mãe precisa de ouvir. Há uns tempos uma amiga perguntou-me como estava a correr a nova rotina com o Gonçalo (quando voltei ao trabalho logo depois do parto, ou seja, tinha ele 6 semanas) eu referi que estava muito cansada, porque continuava a amamenta-lo de 2 em 2 horas, as noites eram iguais aos dias e que com o trabalho as coisas estavam difíceis. E apesar de ter o meu marido em casa a cuidar do bebé e a ajudar nas restantes tarefas tinha sempre a sensação que havia ainda muito por fazer. Havia sempre roupa para passar, coisas para arrumar... E a sua resposta foi: "Hum, e prepara-te que vai piorar. Quando ele começar a comer, tens de fazer as sopas, depois suja-se mais, e depois quando começar a andar e a brincar, nunca tens nada arrumado." - foi uma resposta realista? Não sei se foi, porque apesar de tudo, acho que estou menos cansada agora que ele come sopa, que se suja mais e que já brinca com os seus brinquedos. Eu estava cansada porque não dormia! Acho que me tinha bastado ouvir: "É uma fase, tudo passa, não te stresses!" - porque na verdade é assim, é sempre uma fase!

Ainda não tem dentes?! Ah, mas isso é mau, porque depois nascem todos ao mesmo tempo! - Desde os três meses que ouço que os dentes estão a chegar. Na consulta dos 4 meses com a pediatra, esta disse-nos que não havia sinal de dentes, duas semanas depois, com a médica de família, já havia um dente a querer romper. O Gonçalo tem 7 meses e meio e nada de dente! Então começam os entendidos no assunto a opinar. Mas o engraçado é que ele não tem dentes, mas a culpa não é nossa! Se nascerem todos ao mesmo tempo, a culpa também não é nossa. E que eu saiba não há nenhuma lei que obrigue os dentes a nascerem cedo e com diferença de tempo entre si. Se nascerem todos na mesma altura, qual é o problema?

E vocês,  há coisas que ouvem e que vos irritam (maternalmente falando)?
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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

DAQUI A UM MÊS É NATAL

E eis que chega a minha altura do ano favorita! Talvez não seja a favorita, mas é uma das, com certeza.

E eis que chega também uma das alturas que menos gosto, a altura do consumismo! Detesto este consumismo!

No outro dia uma amiga, daquelas que nem é assim tão amiga, perguntou-me o que quero que ofereça ao Gonçalo no Natal. "Nada"- respondi eu. "Ah, nada não, ele deve precisar de alguma coisa."

Felizmente não precisa, ou melhor, precisar claro que precisa, mas acredito que ela não queira oferecer uma dose da vacina da meningite, ou um cabaz de fruta, legumes, carne, papas, leite, ou fraldas, águas termais de limpeza e pastas de água, ou coisas desse género. Porque para mim estas são as suas necessidades, são as coisas de que ele precisa. Mas há uma insistência para se oferecer presentes, o que não tem nada de mal. É bom darmos presentes aos que amamos, mas não é bom darmos presentes porque nos sentimos nessa obrigação. E eu, depois daquela conversa, fiquei a sentir-me na obrigação de oferecer um presente ao filho dessa minha amiga, que nem é assim tão amiga...

E depois vem a questão: o que oferecer? Porque há pessoas que não gostam de nada, que criticam tudo, que nunca ficam satisfeitas... ou é porque damos algo barato, ou porque é caro, ou porque é sempre o mesmo, ou porque o diabo que as carregue...

Noutro dia e com outra amiga, essa dizia-me: "Não sei o que dar à minha prima, para o que ela me dá... No ano passado deu-me um sabonete... um sabonete, já viste?" "E que sabonete?"- perguntei. "Ah, um hidratante da Phillipe by Almada..." E eu tive que dizer: "Eh pá, não é propriamente um sabonete reles, desculpa lá! Olha, não me importava nada..."

Noutra conversa, ouvi a queixa dos panos de cozinha que a tia avó insiste em oferecer todos os anos. Aqueles que as velhotas gostam de bordar, com carinho e dedicação, e depois oferecem para sabermos que se lembram de nós, sabem? É assim tão desprezível?!

Confesso que este ano só vou dar um miminho a cada pessoa e são poucas. Não me interessa que achem caro ou barato, ou sempre o mesmo. Tenho outras prioridades, portanto! E apetece-me mais estar em família a comer, beber e rir do que stressada com presentes e dinheiro mal gasto!

 É isto! :)
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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A ALIMENTAÇÃO DO GONÇALO

O Gonçalo foi alimentado em exclusivo com leite materno, até aos 4 meses de idade. Por volta dessa altura (mais ou menos 4 meses e meio) começou a fazer a introdução alimentar sugerida pela sua pediatra.

Começámos então pela tradicional sopa de cenoura, batata e cebola, para depois de três dias introduzirmos um verde, que a cada três dias era alterado. O plano era dar a sopa ao almoço ou jantar, fruta à sobremesa (banana esmagada, maçã ou pêra cruas ou cozidas, mas trituradas) e ao lanche papa sem glutén. Aos 5 meses e meio introduzimos a carne, na verdade era nesta idade, mas só introduzi aos 6 meses. A carne é de frango, perú, vitela, coelho (que ainda não comeu). Aos seis meses, passávamos para a papa com glutén ao lanche intercalada com iogurte natural sem açúcar com bolacha maria triturada. Nas restantes refeições continuava a mamar, ou caso não estivesse comigo, eu tiraria o leite para depois ele beber.

E como tem corrido isto tudo?

Primeiro, devo confessar, não segui as indicações da pediatra à risca, mas guiei-me muito pelo que me recomendou.

A primeira experiência com a sopa não correu muito bem e o Gonçalo depois de algumas colheradas desatou a chorar! Eu podia ter feito um drama, mas não fiz. Foi a primeira experiência, tinhamos muitas oportunidades para que a coisa corresse bem! A seguir, supostamente, deveria ter dado a fruta, mas achei demais. Se ele estava a chorar, qual era a necessidade de continuar com o sofrimento? Optei por deixar a frutinha para o lanche e ver se corria melhor.

Correu muuuuiiito melhor. A fruta era uma bela pêra cozida a vapor e triturada, que dentro da inexperiência do bebé foi rapidamente consumida (mas não toda a dose). Ao jantar resolvi voltar à sopa e tudo correu melhor. Assim sendo, toda a experiência de introdução alimentar tem corrido muito bem.

Voltando à parte de não ter seguido as instruções da pediatra à risca. Relativamente aos alimentos permitidos e proibidos, segui e sigo regionalmente. Não lhe dou nada sem primeiro falar com a pediatra ou com a médica de família. Relativamente à organização das refeições, aí sim tenho alterado e faço como acho melhor, e dependendo da resposta do Gonçalo.

Hoje em dia a sua alimentação é assim:
De manhã mama, ou caso eu esteja a despachar-me o meu marido da-lhe biberão com o suplemento (ah, porque aos 5 meses começou a beber suplemento, porque eu não conseguia trabalhar e tirar leite para ter "stock". E também não gostei da experiência de tirar leite...). Se estiver comigo de manhã, normalmente só mama, ou bebe biberão só uma vez (o meu leite também está a dar as últimas...), almoça sopa, bebe biberão antes da sesta (cerca de duas horas e meia ou três depois de almoço) e depois come a fruta. Ou seja, regra geral, a fruta é o lanche. A papa normalmente come ao jantar e o iogurte só comecei a dar-lhe na semana passada misturado com fruta e não com bolacha maria (não tenciono dar-lhe já a bolacha maria...). Entretanto comecei a alterar a base da sopa (abóbora, curgete e nos verdes só não consome espinafre e ervilhas), e também a variar a fruta (melão, abacate, manga, dióspiro).

Antes de dormir, por volta das 21:30, por enquanto mama (mas não sei se vai durar muito), por volta das 00:30 acorda e volta a mamar e por volta das 3 acorda e dou suplemento e dorme até de manhã.

Até à data, o Gonçalo só não gostou de abacate (confesso que também não eram muito bons), mas misturado com um pouco de outra fruta, já come bem. Todas as sopas, todas as frutas têm sido bem recebidas. Entretanto também comecei a dar-lhe alimentos simples mal esmagados com garfo, por exemplo batata doce assada, e ele come muito bem. O iogurte não é dos seus favoritos, mas apesar da cara feia nas primeiras colheradas, acaba por comer.

Gosto de ler sobre alimentação saudável, e como tal também para o Gonçalo tenho lido muito, tenho ouvido opiniões, etc. Mas como sempre a última palavra é minha, e mesmo que a pediatra me diga que a bolacha maria não faz mal, não vejo também para que faz bem. A não ser para adoçar o iogurte, o que me parece contraditório, pois se o bebé deve comer iogurte natural sem ser açucarado, para que se habitue ao sabor mais simples dos alimentos, então para quê disfarçar esse sabor com uma bolacha super doce?

Já procurei receitas de bolachas caseiras e serão essas as primeiras bolachinhas do Gonçalo. Também aqui tenho o aval da pediatra, que também me disse que podia dar papas caseiras se assim entendesse. Por acaso ainda não dei, mas faz parte dos planos.

Claro que, como sempre, há osacríticas em relação às minhas opções.
A maioria das pessoas sugere-me adoçar o iogurte ou a fruta. "Ah, coitadinho, um bocadinho de açúcar também não faz mal". Ou um comentário de uma amiga que, confesso, deixou-me perplexa: "Abacate? Blhac, coitada da criança."

O meu objetivo é variar na alimentação do meu filho, dar-lhe a provar de tudo um pouco, mas fugindo ao que considero, para já, desnecessário. Tem tempo de comer danoninhos, chocolatinhos e afins. Para já tem muita frutinha e legumes à sua disposição, todos os dias vario o mais possível. Daqui a uns anos ele pode ser "mau garfo", não sei, mas pelo menos sei que fiz o possível para que isso não acontecesse.

Eu sei que ele prefere pêra a maçã, mas não vou deixar de lhe dar maçã por isso. Sei que gosta mais da sopa com batata doce do que com curgete, mas não vou dar-lhe só sopa com batata doce... Sei que prefere a papa ao iogurte, mas continuo a dar-lhe iogurte...

Os gostos educam-se e de pequenino se torce o pepino! ;)
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