terça-feira, 26 de julho de 2016

YOGA - O MEU PERCURSO

O meu gosto pelo yoga, na verdade, começou com o body balance. Confuso? Passo a explicar.

Em 2009 inscrevi-me no ginásio vivafit onde pratiquei varias modalidades. Já nos últimos meses, surgiu o body balance no ginásio, e para quem não sabe o body balance mistura pilates, yoga e tai chi.

Lembro-me da primeira aula que fui: "Ah, aquilo é tipo pilates, não se transpira muito nem nada..."
Qual quê. Saí de lá completamente derreada, cheia de dores, super transpirada, a achar que aquilo tudo foi muito rápido e difícil. Claro que voltei às aulas. Gostava particularmente das aulas da professora Joana, mas às da minha querida Rafa não faltava.

No final de 2010, ou início de 2011, saí do ginásio, pois já não trabalhava lá perto e ficava muito longe da minha casa, portanto não se justificava continuar inscrita.

Pouco tempo depois, uma amiga de uma amiga minha, abriu um espaço para dar aulas de yoga. Lá fui experimentar. Achei muito idêntico às aulas de body balance, já conhecia a saudação ao sol e várias posturas, confesso que não achei nada de extraordinário. Mas voltei, voltei e voltei...

Aula exterior - 2012
Aula exterior - 2012
Até que comecei a gostar mesmo das aulas. Comprei alguns livros de yoga, praticava diariamente em casa, comecei a meditar e aos poucos as mudanças foram surgindo.

Comecei a ser muito mais calma. Até aí fervia em pouca água e às vezes nem conseguia controlar a neura... passava-me um bocado. Claro que isso me trazia algumas angústias. Mas aos poucos fui ficando zen, pensar antes de falar, ignorar algumas coisas, relativizar, preocupar-me com o presente, respirar fundo em certas alturas... Não tenho qualquer duvida que esta mudança surgiu com a minha prática de yoga.

Aprendi a ouvir o meu corpo. Isto foi essencial para o meu bem estar. Os problemas de obstipação e as digestões lentas, começaram a desaparecer, pois percebi que havia muita coisa na minha alimentação que estava errada. E isto pode parecer estranho, principalmente para quem nunca praticou yoga. Mas quando se pratica yoga, existe uma grande ligação entre o corpo e a mente e, mesmo de forma inconsciente, começamos a estar mais virados para nós e a perceber o que nos faz bem ou mal.

Comecei a conseguir passar muito tempo sem comer doces e comecei a experimentar outros alimentos. Foi nesta altura que conheci a quinoa, as lentilhas, a chia, a linhaça, o sesamo, a aveia, os batidos verdes, o arroz e massa integrais (conhecia, mas não tinha o hábito de comer), o leite de soja, e talvez outros que me estão a escapar agora.

Não me tornei vegetariana e nunca pensei em fazê-lo. Sei que muitas pessoas pensam que os praticantes de yoga são vegetarianos, mas isso não passa de um mito. Alguns yogis comem produtos de origem animal, tal com alguns vegetarianos nunca praticaram yoga. Eu nunca senti que devia de deixar de comer carne ou peixe. Sempre achei que nutricionalmente precisava de alimentos de origem animal e em termos éticos, há muito que opto por produtos que conheço a origem, salvo raras excepções, não fosse eu uma mulher do campo.

Desde então não deixei de praticar yoga. É certo que tenho alturas em que pratico menos, mas pratico praticamente todos os dias, nem que sejam aqueles 10 minutinhos antes de ir para a cama, em que faço algumas posturas relaxantes, ou durante o dia, quando me sinto tensa. A maravilha do yoga, na minha modesta opinião, é precisamente essa. Em qualquer altura do dia podemos praticar um pouco e esse pouco vai sempre fazer uma grande diferença.

Aula Exterior - 2013
Nem sempre tive disponibilidade financeira para praticar yoga com a Sílvia, a professora e amiga com quem iniciei o meu percurso. E muitas vezes tive disponibilidade financeira, mas não tive tempo. O que não deixa de ser irónico. Por isso, a maior parte das minhas "aulas", são feitas em casa, sozinha ou acompanhada de vídeos.

No inicio tinha algum receio de praticar sozinha, podia estar a fazer alguma coisa mal e dar um mau jeito, sei lá. Mas fui absorvendo tudo o que aprendia nas aulas, para depois começar a reproduzir-las em casa. Um dia a Sílvia disse-me para seguir a minha intuição, se achasse que algo não estava bem, para não fazer. Foi um bom conselho, assim comecei a sair da casca.

Outono 2012
Com o tempo, com a pratica, com a ajuda dos vídeos, comecei também a fazer posturas que não fazia nas aulas e comecei a surpreender-me. O corpo humano é algo maravilhoso e responde muito bem aos estímulos, portanto comecei a evoluir e a ter mais confiança para sair da minha zona de conforto.

Outono 2012
Nas alturas que pratico pouco, sinto que regrido. Há coisas que fazia com facilidade que agora não consigo fazer, mas o corpo de hoje não é o corpo de ontem e há que respeitar isso. Às vezes é fácil, outras vezes nem por isso, mas há sempre alternativas em todas as posturas, basta escolher a que melhor se adequa aquele dia.

Ontem e hoje pratiquei com os vídeos da Pri, os que publiquei no último post, e senti-me muito bem. Não são praticas difíceis, mas gosto do objetivo. De praticar um pouco todos os dias e sempre coisas diferentes.

Durante estes anos, não consegui ter o habito de abrir o tapete todos os dias para praticar. Também não consegui definir um horário e cumpri-lo sempre. Tenho fases. Às vezes gosto da manhã para praticar, outras vezes da tarde e às vezes só o faço à noite. Às vezes é no tapete, uma pratica completa, outras vezes é rápida e sem tapete... Tenho pena de não ter conseguido ainda chegar a esse ponto, mas sou sincera, não stresso com isso. O que é certo é que gosto de yoga, sinto-me bem, mas não vejo isso como uma obrigação.

Também consegui transmitir o bichinho a algumas pessoas... mas pouco. Tenho duas amigas que foram a várias aulas comigo, mas há muito que não aparecem para "yogar". Depois tenho outras amigas que durante muito tempo me disseram: "Quando fores avisa-me que vou contigo." - Eu avisava, mas nunca era oportuno. Ate que desisti... Depois houve algumas pessoas que experimentaram yogar comigo como professora. A minha cunhada, sogra e mais recentemente o meu marido.

Tanto a minha cunhada como a minha sogra, já experimentaram há uns anos. Limitei-me a fazer a minha pratica normal e a orientá-las para me acompanharem. Correu bem, mas não voltamos a repetir. Quanto ao Bruno foi há cerca de duas semanas, enquanto estávamos no Algarve. Ele pratica BTT, tem força e resistência, mas achava que o yoga era fácil, e que era estar ali parado. Confesso que fui mazinha, e fiz uma pratica a doer... o homem transpirou que se fartou e admitiu que o yoga puxa pelo cabedal! :) Já fala em praticar mais vezes comigo! :)

Em agosto, pretendo praticar duas vezes por semana no estúdio, com a Sílvia e a turma. Quero aproveitar que tenho tempo livre e também que o estúdio não fechará para férias. Com esta pratica espero desenferrujar um pouco e começar também a fazer outras posturas, como as invertidas... essas não me atrevo a fazer sozinha, pelo menos para já.

E é isto meninas. Não me vou alongar mais pois o post já vai longo, mas se quiserem saber mais, perguntem/sugiram nos comentários. :)

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