terça-feira, 14 de janeiro de 2014

"O DINHEIRO É DE QUEM O POUPA E NÃO DE QUEM O GANHA"

Nos últimos tempos fala-se muito de poupanças e organização.

Tenho reparado que mesmo nas minhas conversas, tanto com o meu marido, como com amigas ou até com a minha mãe, falamos imenso sobre este assunto. Julgo que se deve aos tempos que atravessamos. São tempos difíceis, de muitos apertos de cinto... Mas são tempos necessários e que de uma forma ou de outra teremos de ultrapassar.

Por isso, estou a preparar alguns posts sobre este assunto. Muito daquilo que vou dizer, de certeza que vocês já leram noutros blogs, ou em revistas, mas são truques que utilizo na minha vida e por isso acho importante falar deles.

Muitas de vocês poderão estar a pensar qual a relação dos temas do blog, com esse assunto. Mas a verdade é que acho essencial termos a cabeça livre e descansada, para vivermos bem. Portanto a vida económica é uma preocupação para a maioria das pessoas, logo, se esta estiver controlada, estaremos menos stressados e felizes.

Para mim, os princípios chave da poupança, são organização e matemática. E não pensem, por falar em matemática, que é difícil, ou que só está acessível a algumas pessoas, porque não é verdade. Afinal a matemática está sempre presente na nossa vida. Para fazer um bolo, não utilizamos a matemática? Utilizamos, e não é por isso que não o fazemos. Então usemos também a matemática a nosso favor aqui.

É essencial fazer contas, se queremos poupar e ter uma vida económica minimamente saudável. Aqui a questão não é ganhar muito ou pouco, até porque há pessoas que por muito que ganhem nunca conseguem poupar e pior, muitas vezes o ordenado nem chega até ao fim do mês. A questão aqui é organizar o dinheiro consoante as despesas e objectivos e, fazer contas, muitas contas.

Por onde começar?
Todos os especialistas dizem e, quem gosta de poupança e organização já o confirmou, é preciso saber quanto se ganha, quanto se gasta e onde se gasta. A partir daqui é fazer contas.

Portanto, o meu conselho é, teres um caderno onde apontes todos os ganhos certos e gastos.
- Quanto dinheiro ganhas?
- Quais as tuas despesas? - As despesas ainda são divididas por despesas fixas e despesas variáveis.

No meu caso, considero despesas fixas as despesas que tenho todos os meses e que sei os valores. Embora alguns sejam variáveis (contas de água, luz) andam sempre dentro dos mesmo valores.
- Renda de casa
- Água
- Luz
- Gás
- Tv cabo
- Telemóveis
- Gasóleo
- Supermercado, que se divide em: alimentação, higiene pessoal, limpeza e Alf.

Por despesas variáveis, considero despesas que não são mensais e que posso evitá-las:
- Cabeleireira/esteticista
- Jantar/almoçar fora
- Comprar roupa, livros, etc.
- Yoga
- Cinema
- Etc.

Por fim, tenho as despesas fixas, mas anuais. Ou seja, são pagas uma vez por ano (no meu caso), mas que também entram nas despesas.
- Quotas da ordem dos arquitectos.
- Seguro automóvel, inspecção, revisão, etc.

Se por acaso as contas de electricidade ou água não são constantes e, num mês pagas 20€ mas no outro pagas 40€, tenta perceber o que podes fazer para controlar isso. Por exemplo, podes dar a leitura todos os meses para a companhia correspondente (normalmente é um serviço gratuito). Desta forma não tens surpresas. Se mesmo assim as contas se mantêm inconstantes, muda alguns hábitos para gastares menos.

Outra dica que os especialistas dão, é não viver com o dinheiro que não se tem. Com o ordenado do mês que vem, ou algum dinheiro que estás à espera de receber (mas que tarda em chegar).
Por outro lado, o ideal será deixar dinheiro deste mês para o mês que vem.

Durante muito tempo, sempre que lia esta dica, pensava que neste momento é algo impossível para mim. Mas na verdade, desde sempre que pago a renda de casa, com dinheiro do mês passado. Ou seja, este mês, já coloquei de parte o valor da renda do próximo mês.

Também dito muitas vezes por quem entende deste assunto, é importante não se gastar tudo o que se ganha. Em tempos sugeria-se poupar 10%, mas a verdade é que é difícil para muita gente. Por isso, o importante é poupar. Se não conseguires poupar 10%, começa por poupar 1% neste mês, 2% no próximo até chegares a um valor confortável para a tua vida económica.

Muitas vezes o que falta para conseguirmos poupar é ter um objectivo onde aplicar esse dinheiro. Não quero com isto dizer, que só devemos poupar se estivermos a pensar gastar em algo, mas será mais fácil racionalizar "a coisa".

Ter atenção aos desperdícios, também é essencial para as nossas poupanças. Seja o desperdício de comida, de água, de electricidade, de roupa, de champô que fica no fim da embalagem...
Estima-se que cada um de nós, desperdiça 30% da comida que compra. Ou seja, se gastarmos 100€ em comida por mês, 30€ vão para o lixo. Mau, não é? Ao fim de um ano, desperdiçámos 360€.
Bem, eu não considero que desperdice tanto, pois tenho muito cuidado com isso, mas isto é uma estimativa. Haverá pessoas que desperdiçam menos e outra mais.

A partir do momento em que temos as contas controladas e bem definidas, coso haja algum deslize, é mais fácil voltar ao caminho certo. Por exemplo: compras um casaco de 70€, que não estás propriamente a precisar, mas isso agora também não interessa nada. Gastaste o dinheiro e agora é tarde para voltar atrás. Pegas no teu caderninho e vês onde podes cortar para compensar esse gasto. Não vais almoçar fora durante um mês, não vais à esteticista, não fazes unha de gel, compras detergentes mais baratos, etc.

Se sabes que não podes cortar em nada caso aconteça um imprevisto deste tipo, o melhor é não comprares nada sem teres a certeza que o podes fazer. Por outro lado, se não consegues evitar estes impulsos, a minha sugestão é não ir a lojas ou locais onde possas perder a cabeça.

E assim dou por terminado o primeiro post sobre poupanças e organização, brevemente trarei mais.

Vemo-nos por aí! :)








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