segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ROTINA DE EXERCICIO E CASAMENTO - A MINHA EXPERIÊNCIA


Helena A.


Como é que o facto de casar, pode alterar a rotina de alguém, no que toca à prática de exercício físico?

Esta questão surgiu, quando há uns dias, uma amiga minha se queixava da sua indisponibilidade para praticar exercício. A verdade é que a conheço há tempo suficiente para saber que a vontade também não é muita, mas compreendo as suas queixas.
 
Casou há cerca de três anos e, desde então que as idas ao ginásio começaram a ser semestrais, chegando ao ponto de pagar um ano inteiro de ginásio, sem nunca ter lá posto o rabo. Isso para mim é impensável. Estar a pagar cerca de 50€ para supostamente ir todos os dias e depois nem chegar lá perto...eu ficaria doente...
 
Falávamos sobre isto, sobre o facto de a maioria das pessoas engordar depois de casar, quando ela me faz uma sugestão que apreciei bastante.
 
"Que tal falares da tua experiência no teu blogue? Como te organizas para fazeres exercício, como consegues manter o peso...essas coisas."
 
Não tenho nenhuma receita mágica, mas talvez o meu exemplo possa ajudar outras pessoas.
 
Desta forma, esta semana as publicações serão todas relacionadas com exercício físico.
 
Segunda - Rotina de exercício e casamento - a minha experiência.
Terça - Dicas para começar/voltar a praticar exercício físico.
Quarta - O que levar no saco do ginásio?
Quinta - De quanto tempo preciso para praticar exercício?
Sexta - E quando não se emagrece mesmo treinando diariamente?
 
Quando eu e o meu marido, na altura namorado, começámos a procurar casa, resolvi também procurar ginásio. Na altura praticava step 2 vezes por semana, na junta de freguesia onde vivia. Mas como ìa mudar de casa e estava numa fase profissional que me parecia suficientemente estável, achei que seria um bom investimento inscrever-me num ginásio à séria.
 
Fiz um apanhado dos ginásios que ficariam perto de casa ou do local de trabalho. Visitei-os a todos, fiquei a par dos preços, das condições de pagamento, dos horários e das modalidades.
 
Depois foi só escolher. Optei pelo Vivafit, por várias razões:
 
Era perto do meu local de trabalho, podia ir a qualquer hora e praticar circuito (maquinas), as aulas eram curtas (entre os 30 e 45 minutos), podia ir várias vezes ao dia, ou fazer varias aulas/circuitos seguidos e, o preço estava dentro do meu orçamento.
 
Assim, comecei a praticar exercício na minha hora de almoço, já que 3 vezes por semana dava explicações em casa depois de sair do trabalho.
 
Tinha 1 hora de almoço, que me dava para chegar ao ginásio, equipar-me, fazer circuito ou aula ( às aulas chegava 5 minutos atrasada), tomar duche e voltar para o atelier. Isto tudo a correr, claro está. O problema é que ficava sem tempo para almoçar, portanto o meu almoço durante uns tempos foi sandes, iogurtes e coisas do género. Mais tarde optei por pedir ao meu patrão mais 30 minutos para almoçar e saía 30 minutos mais tarde.
 
Havia um dia que preferia ir depois do trabalho, pois adorava a aula com aquela professora. Nesse dia ía almoçar a casa, arrumava o que tivesse que arrumar, preparava o jantar (já que chegaria mais tarde e desta forma seria só o meu marido colocar a cozinhar) e às 18h lá ía eu para o ginásio, fazia um circuito e às 18:30 fazia uma aula de pilates (a tal que adorava). Duche e trânsito, chegava a casa por volta das 20:15.
 
Durante 1 ano e meio a minha rotina foi esta. E funcionava muito bem. Gostava muito do ginásio, do clima entre sócias e professoras e saía de lá sempre melhor do que quando entrava. Quando voltava para o escritório, ia sempre com mais energia, muito mais paciência, mais concentração... 

Quando saí do escritório e abri a minha própria empresa, as coisas complicaram-se. Já não estava perto do ginásio, pois nem trabalhava nem morava lá perto. Aguentei mais 6 meses, mudei um pouco as rotinas, ia de manhã antes de ir trabalhar (às 8:30), mas nem sempre conseguia ir e comecei a achar que não tinha lógica pagar 50€ para ir ao ginásio 2 vezes por semana. Portanto resolvi sair, o que me custou um pouco, confesso.

Uns meses depois, surge o Yoga na minha vida e desde aí que a minha rotina de execicio está dependente apenas da minha motivação. Claro que também é assim porque tenho mais tempo livre, mas como podem ver, o facto de trabalhar (alguns dias mais de 8 horas) nunca foi impedimento para mim.

Uma das razões que a minha amiga apresenta para não ir ao ginásio, é facto de ter de cozinhar, de arrumar a casa, de engomar roupa, etc.

"E não temos todas?" - perguntei-lhe eu. Pelo menos a maioria tem, não é?

Como em tudo na vida, acho que o segredo é a organização. Claro que uma pessoa que trabalha longe de casa, que passa 3 horas por dia no trânsito (foi o que me aconteceu quando mudei de emprego) não terá a mesma disponibilidade para praticar exercício, como uma que trabalha perto de casa. Mas se nos organizarmos, de certeza que arranjamos um tempinho para mexer o esqueleto.
O meu marido por exemplo, durante muito tempo só jogou futebol ao sábado de manhã. Não era o ideal, mas era melhor que nada.

A minha dica é esta:

Façam um diário de rotinas. Num caderno ou agenda, apontem tudo o que fazem durante o dia, durante uma semana. Desde que se levantam, até que se deitam. Vão ver que têm algumas horas do vosso dia, simplesmente desperdiçadas. Ou veem demasiada televisão, ou vegetam no sofá muito tempo, ou estão muito tempo sentadas na esplanada na hora de almoço...
De vez em quando recorro a estes sistema. Normalmente em alturas que vejo que o meu tempo simplesmente não está a render nada. E fico sempre admirada. Na última vez que fiz, vi que passava demasiado tempo na internet, de volta dos blogues e sites sobre isto e aquilo. Coisas que muitas vezes não em serviam para nada. Tempo jogado fora. Tão simples quanto isto.

A verdade é que todos temos 168 semanais, aquilo que fazemos com elas, depende muito de nós. :)




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